terça-feira, 3 de dezembro de 2013

InFamous 2 - Análise




Fabricante: Sucker Punch Productions
Distribuídora: Sony Computer Entertainement
Gênero: Ação, Aventura 
Interação Online: Missões CGU (Conteúdo Gerado Por Usuário) 

Lançamento:
EUA: 07/06/2011
Europa: 10/06/2011
Japão: 07/07/2011

Plataformas: Playstation 3

Número de Jogadores: 1
Definição HD: 720p
Troféus: Sim

Disponível na Playstation Store


Trailer Oficial da E3 2011
The Beast Is Coming !


   Admito, fiquei chocado em ambos os sentidos quando vi o trailer do InFAMOUS 2 durante a apresentação da Sony na E3 2011. Pra falar a verdade esse trailer foi uma das coisas que mais me motivou a comprar o console e não, não estou exagerando.
   Até então nunca tinha ouvido falar em InFAMOUS, e nem sabia da existência do primeiro jogo, talvez por isso o InFAMOUS 2 tenha me surpreendido dessa maneira. Claro, não que o jogo não seja sensacional, é uma obra prima, nunca havia jogado nada parecido. Mas é como se diz, tudo que é bom dura pouco mas o bastante para ser inesquecível [Frase bastante clichê e afeminada].
   Mesmo possuindo as Missões CGU [explicaremos depois], depois que o jogador conquista a Platina, que não é das mais difíceis, não há muita coisa pra se fazer em New Marais [cidade em que se passa o jogo, claramente inspirada em New Orleans, possuindo até mesmo uma parte inundada fazendo jus a passagem do Furacão Katrina]. O jogador pode até ficar perambulando pela cidade, fazendo algumas missões, eletrocutando pedestres ou mesmo lançando carros ao ar e explodindo-os antes que caiam no chão, mas por incrível que pareça isso perde a graça rápido.




   O jogador encarna na pele de Cole MacGrath, um conduíte [nome pelo qual são chamados os “mutantes” do jogo, e sim, eu também achei tosco] que possuí o poder de armazenar e controlar a energia elétrica, que após ter lutado contra a Fera em Empire City [cidade em que se passa o primeiro jogo] e ter sido derrotado juntamente com a cidade totalmente varrida do mapa, ruma em direção a New Marais para encontrar um cientista, amigo de Kuo [também parceira de Cole no primeiro episódio da série] que supostamente pode ter descoberto uma Esfera de Raios capaz de aumentar os poderes de Cole, assim permitindo a ele mais uma oportunidade de enfrentar a Fera e finalmente derrotá-la.
   Um dos problemas é que New Marais está sendo protegida dos conduítes pela Milícia e que, como já era de se esperar, será um problema para Cole no decorrer do jogo. Essa milícia é comandada por Bertrand, que através dos meios de comunicação da cidade consegue convencer a população de que a Milícia está lá para protegê-los [qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência], e em algumas partes do jogo Bertrand também tenta colocar toda a população contra Cole, dizendo que o mesmo traria a Fera a New Marais causando a destruição total, assim como aconteceu em Empire City. É claro que Bertrand tem objetivos maiores do que apenas proteger a cidade dos conduítes, mas isso fica a critério do jogador descobrir durante a jornada.




   Para entendermos melhor: Cole MacGrath nasceu em Empire City e trabalhava como entregador, até que depois de uma grande explosão de um dos seus pacotes descobriu que possuía o poder de controlar a energia elétrica, podendo tanto absorver a eletricidade de qualquer objeto, como postes, carros, caixas de força, como jogá-la em forma de mísseis, granadas e ondas elétricas.
   Sendo aparentemente um cara bastante frio e que foca principalmente seu objetivo, que é destruir a Fera. Cole parece não se importar muito com a opinião dos outros e leva seu objetivo muito a sério, durante todo o jogo se foca apenas em conseguir a Esfera de Raios. Além disso, é um perito no que chamamos de Le Parkour e consegue escalar a maior dos prédios com bastante facilidade.

Cole MacGrath


   Temos também Kuo, que acompanha o herói em praticamente todo o decorrer do jogo. Kuo é uma agente que é provinda do primeiro jogo. Com certeza a mais sentimental de todos os personagens, uma pessoa que sempre luta pelo que é certo e pelo bem de todos, mas que todavia surpreende todos na parte final do jogo.

Kuo


   Outro companheiro de Cole durante toda a jornada é seu grande amigo Zeke. Zeke na verdade não é agente, nem cientista e nem possuí super poderes, mas está sempre lá fazendo algumas piadas, tomando uma cerveja, e algumas vezes até salvando o Cole de ter seu corpo perfurado por tiros de metralhadora. Sempre bem humorado, até mesmo quando a situação não é a melhor, Zeke sempre dá um ânimo ao jogo. Com certeza é o personagem mais carismático e mais inútil de todo o elenco, com certeza o jogo não teria a mesma graça sem ele!


Zeke


   Temos também Nix, que é o que podemos chamar de “uma conduíte pseudo-sexy” e uma das personagens que foi criada somente na segunda edição do jogo. Nix habitava o pântano de New Marais e é lá mesmo que ela conhece Cole durante uma missão, e depois de alguns eventos torna-se uma "chegada" do protagonista, aparecendo sempre durante o jogo, mas com mais freqüência no final. Tem o costume de chamar Cole de "Demônio" [isso faz parte de sua Pseudo-Sexualidade]. Ao contrário de Kuo, Nix é uma conduíte totalmente revoltada que não se importa com nada nem com ninguém a não ser com a seu próprio prazer e bem-estar. É claro que como a Sucker Punch não podia deixar de passar uma liçãozinha de moral, a personalidade de Nix muda até o fim do jogo, fazendo com que em certa altura ela concorde em dar sua vida para que a Fera seja destruída.

Nix


   Comparado a outro jogos Open World, a cidade de New Marais não é nada de um porte gigantesco, mas é grande. Dividida em três áreas: uma apenas com a parte industrial, uma área que foi afetada pelo furacão, e a área central onde ficam os maiores edifícios e a maior movimentação de pessoas. Um ponto interessante é que Cole pode interagir com praticamente tudo que existe no cenário. Pode subir em cercas, e postes, “surfar” nos fios, pode levitar os carros, arremessá-los, destruir varandas, pode atacar qualquer pessoa que circula na rua, as opções são muitas. Lembrando novamente que o game é Open World, dando liberdade a jogador de explorá-lo quase que por completo, com exceção apenas do interior dos prédios e casa, o que certamente também não é necessário.
   Quase tudo que MacGrath faz implica no seu nível Karmico, o que é exatamente o motivo do título do jogo. Você pode ser um herói aclamado e adorado por todos, contando ás vezes até com a “ajuda” dos cidadãos em algumas batalhas, que ficam de longe jogando pedras [ta bom, como se as pedras fossem danificar muito o inimigo, mas o que vale é a intenção], como também pode ser um, digamos “Herói Mal”, ou como diz o jogo: Infame, onde não deixa de cumprir suas missões mas também não se importa em ferir os humanos desde que sendo isso necessário, claro que com isso as pessoas passam a agredir Cole na rua e às vezes até aparecem em “bando” pra bater no nosso herói, mas isso sinceramente não representa um problema de verdade e é muito fácil correr ou descer porrada nos cidadãos sem maiores problemas. Algumas escolhas durante o progresso do jogo influenciam drasticamente no Karma de Cole, mas além disso existem outros métodos como curar doentes e desarmar bombas para o Karma bom, e matar manifestantes e artistas de rua para o Karma Mal [o motivo do massacre dos artistas de rua é simplesmente porque o personagem Zeke não gosta deles, não conseguiram em pensar nada melhor?].




   A definição do seu Karma obviamente interfere no final do jogo, sendo que pra platinar é necessário terminar o jogo como Herói e como Infame. Além disso algumas habilidades também são afetadas de acordo com o Karma, sendo que algumas técnicas são específicas para cada Karma, obrigando também o jogador a terminar o game duas vezes para conferir todas as técnicas. Outro detalhe também é a roupa de Cole e a cor dos seus raios, como Herói Cole mantém sua roupa limpa e bem conservadas e a cor de seus raios é azul, já como Infame ele vive sujo e rasgado e seus raios se aproximam de uma cor laranja
   Já focando no assunto das técnicas, existe uma grande quantidade delas para desbloquear, nada que seja um absurdo, mas com certeza mais que o necessário para o jogador tenha a liberdade necessária para atacar tanto uma quantia grande de inimigos, como um ou dois inimigos avulsos sem maiores problemas.
   É certo que para Cole poder usar energia elétrica certamente ele precisa também absorver essa eletricidade, chegando próximo a qualquer fonte de eletricidade [postes, carros, luzes, etc] e apertando o botão L2, sendo que esse também é o método usado para recuperar a energia quando Cole está ferido.


   Em questão da história, que é contada tanto em cenas de CG como em Cutscenes inspiradas em revistas de quadrinhos, não é das mais originais mas mantém o jogador preso ao jogo até o final. Apesar de que mesmo depois de terminar o game ainda ficam várias coisas meio que sem explicação. O jogo é praticamente linear, são 3 ou 4 momentos que você precisa fazer escolhas que vão afetar o final, como por exemplo “Conquistar a confiança da população de New Marais devolvendo cargas de remédios que foram roubados” ou “Conquistar o respeito da população de New Marais, atacando-os com os monstros do pântano”, escolhas que como você pode ver, são bem óbvias. Para progredir no jogo o jogador vai fazendo as várias missões principais, que como dito anteriormente são praticamente lineares e sempre forçam o jogador a andar até o local da missão no mapa, fora isso ainda existe uma grande quantidade de missões secundárias para ser feitas, algumas são bastante repetitivas, mas a grande maioria delas são divertidas.    
   InFAMOUS 2 ainda conta com as Missões CGU [Conteúdo Gerado por Usuário], que é a única interação Online do jogo. CGU funciona praticamente como em Little Big Planet, são missões criadas pelos usuários e compartilhadas entre eles. Existe uma infinidade de missões CGU, até porque é necessário criar uma para conseguir a platina. O lado bom é que você ainda pode fazer alguma coisa depois de platinar, porém a grande maioria das missões são mal elaboradas e mal configuradas, o que certamente desmotiva o jogador.
   E por falar em platina, não podemos esquecer de citar os colecionáveis. Um dos colecionáveis são mensagens em pendrives que estão presos a algumas aves, sendo assim é preciso “derrubar” a ave para pegar a mensagem [essa conversa de “Nenhum animal foi ferido durante as gravações” já era]. Outros colecionáveis são os cristais que aumentam a capacidade de Cole de armazenar a energia, ficam espalhados por toda a parte em New Marais, porém quando o jogador adquire uma certa habilidade é possível vê-los no mapa, o que facilita muito.


Bertrand


   A jogabilidade do jogo é excelente, Cole é bastante ágil tanto no solo, como escalando e pulando entre os prédios, durantes as batalhas e as fugas, sua agilidade nunca me deixou a desejar. Com uma jogabilidade simples, com menos de 20 minutos de gameplay o jogador já estará dominando os controles sem maiores problemas, esse com certeza é um dos pontos fortes do jogo. Controlando Cole é possível viajar pelo fios da rede elétrica ou até mesmo pelo trilhos dos trens, desde que os mesmo possuam corrente elétrica. As escaladas também são muito ágeis e bem elaboradas, é possível saltar de um carro a uma altura um pouco mais elevada, usando a eletricidade contida no carro como um impulso, além de diversas outras interatividades com o cenário.
   Outra novidade em InFAMOUS 2 é o combate corpo a corpo, que é possível usando a AMP, uma arma criada por Zeke que é um tipo de bastão com duas derivações no qual Cole pode conduzir sua eletricidade e ferir o inimigo. Apesar de causar muito mais dano ao inimigo do que uma simples granada elétrica é um sistema inútil para grupos de inimigos, já que o tempo que se fica exposto para bater no inimigo até que ele caia é o suficiente para ser alvejado por tiros de metralhadora e morto. E por falar em morte, como Cole vive com o corpo repleto de eletricidade, qualquer contato com uma poça d’água acarreta em dano, e é claro que se porventura nosso herói cair num lago ou rio é morte certa.




   Os gráficos do jogo apesar de não serem perfeitos, são muito bonitos e revelam bastante o visual de “História em Quadrinhos”, que é um dos objetivos da Sucker Punch. As texturas dos personagens são muito bem trabalhadas e o mesmo se pode falar sobre as construções, os prédios são muito bem desenhados e variados e tanto as cenas em CG como as cutscenes são incríveis! A variedade de habitantes também é imensa e eles vivem pelas ruas fazendo seus afazeres diários e não só andando no mapa pra lá e pra cá. O que eu acredito que tenha pecado um pouco foi na pouca variedade de inimigos. Acredito que fora os chefes, não passe de 10 inimigos diferentes.
   O parte sonora do jogo é excelente, tanto os efeitos como os diálogos e as músicas de fundo, tudo isso claro focando os HQs. Aliás um ponto muito importante é a dublagem PT-BR, que diga-se de passagem, me surpreendeu positivamente. Ao contrário de algumas dublagens digamos "insatisfatórias" em alguns jogos recentes, a dublagem de InFAMOUS 2 é nota 10. As falas demonstram realmente a emoção do momento, e apesar dos mínimos erros do concordância é a melhor dublagem PT-BR que eu vi até a data da publicação dessa análise. Caminhando pela rua você pode ouvir comentários como “Me ajude”, “Olha aquilo!”, “Não, por favor!”, “ATAQUE!” entre outros, o que eu achei fantástico !



   Realmente o maior contra de todo o jogo é sua curta duração. Acredito que cerca de 20~30 horas é o suficiente para conquistar a platina, o que infelizmente fará com que o jogo fique lá encostado. O meu mesmo está praticamente novo, e falando nisso se alguém se interessar em comprá-lo é só me contatar. [Marketing Básico, sexto termo de Administração]
   Apesar de não ter feito todo o sucesso que eu pensei que faria, InFAMOUS 2 ainda é um grande jogo e é um prato cheio a todos que simpatizam com o estilo Open World e também com HQs de super-heróis. E aos que não simpatizam é uma boa oportunidade para tentar mudar de opinião. E mesmo apesar da sua curta duração o jogo é muito bom enquanto dura.




Soldados de Gelo

Le Parkour é um dos pontos fortes

MacGrath e Nix


RESUMO

Prós:

-Liberdade total de exploração
-Dublagem PT-BR excelente
-Jogabilidade fácil e ágil
-Gráficos bonitos que remetem as HQs
-É muito legal a sensação de ser um herói e poder surfar nos fios

Contras:

-Curta duração
-Dificuldade não é das maiores
-Pouca variedade de inimigos
-Eles podiam ter feito a Nix mais bonitinha.


GAMEPLAY


KARMA



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