quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Demon's Crest - Análise



Fabricante: Capcom
Distribuidora: Capcom
Gênero: Plataforma, com alusão a RPG
Lançamento: 1994
Número de jogadores: 1
Plataformas: Super Nintendo


 Intro Level



   Realmente esse foi um título da Capcom bastante injustiçado! Com uma jogabilidade que lembra um misto de Mega Man X e Castlevania e contando com cenários e personagens potencialmente macabros, Demon’s Crest infelizmente não obteve o sucesso merecido. Não por descuido da Capcom, que com certeza desenvolveu um grande jogo, acredito que tenha sido mais por falta de sorte que o game não conquistou o devido reconhecimento e infelizmente vários gamers [que com certeza adorariam o jogo] nem ao mesmo ouviram falar.
   Conforme diz a lenda, no passado os demônios travaram uma sangrenta guerra pela posse de seis emblemas (Water, Wind, Fire, Earth, Time e Legend), conhecidos no jogo como Crests. Segundo a lenda, quem conseguisse reunir todos os seis emblemas seria contemplado com um poder inimaginável capaz de dominar tanto o mundo dos humanos como o dos demônios.
   No decorrer dessa longa guerra, Firebrand [protagonista do jogo, que já apareceu em vários títulos da Capcom] derrota todos os demônios do submundo e com isso consegue reunir cinco dos seis emblemas, faltando apenas o emblema Legend para que ele pudesse desfrutar do suposto poder máximo.


Intro


   Com sede de poder, Firebrand parte em busca do último emblema que está nas mãos do poderoso [nem tanto] Demon Dragon. Com muito esforço, muito sangue derramado e vários ferimentos, Firebrand derrota o gigante dragão demoníaco e assim reúne todos os seis emblemas. Foi aí que a Capcom pisou na bola na parte do roteiro. Firebrand, que estava com os seis emblemas, mas por motivos nunca explicados ainda não tinha recebido todo o tal poder que era prometido, teve a brilhante ideia de repousar em uma árvore não muito longe do lugar da batalha para se curar dos ferimentos e posteriormente continuar seguindo [convenhamos, eu esperava mais de um demônio que venceu todos os outros no submundo, mas obviamente essa ideia é péssima, descansar em uma árvore portando os artefatos mais procurados do universo!?]. Bem como já era de se esperar, Phatanx, o rival de Firebrand [e por sinal muito mais inteligente] que já aguardava por essa oportunidade, chegou sorrateiramente e se apossou de todas as seis crests. Firebrand, devido a sua condição física precária [e sua burrice crônica] nada pode fazer além de ver todos seus emblemas que foram conquistados com gotas de sangue e suor [se é que os demônios suam] serem levados pelo seu arqui-rival sem nenhum tipo de esforço, irônico não?




   Sendo tomado pela ira e sem muitas opções de ter o que fazer, Firebrand sai [novamente] em busca das seis crests que lhe foram roubadas.
   O jogo não é linear e o jogador pode voar pelo mundo [ao maior estilo “Dirigíveis do Final Fantasy”] e escolher a ordem que quer para fazer as fases. Lembrando muito o estilo de progressão da série Mega Man, sempre que o jogador adquire um Upgrade pode [e precisa] voltar várias vezes pelas fases para acessar alguns lugares inacessíveis no começo e recolher os vários artefatos espalhados pelas fases, que aumentam os poderes de Firebrand. Assim como em Mega Man, o jogador pode terminar o jogo sem recolher todos os Upgrades, porém além de ser muito mais difícil, em Demon’s Crest o final também é diferente.




   Além dos itens que aumentam a energia e a capacidade de armazenar itens, que são os upgrades secundários, a cada Crest encontrada Firebrand pode assumir uma forma diferente.


  •    Com a Crest Fire, Firebrand volta a sua forma original, sua forma normal, a que você começa o jogo;
  •    A Crest Earth transforma Firebrand em um demônio mais encorpado que possui ataques físicos mais fortes, porém não possui asas;
  •    A Crest Wind é extremamente útil, Firebrand pode soltar uma espécies de bumerangues a lá Guile do Street Fighter, mas mais importante que isso permite ao demônio voar mais alto, sendo necessário para descobrir vários upgrades secundários;
  •    A Crest Water transforma o demônio em uma espécie de ser aquático verde das trevas, bastante útil em fases aquáticas [óbvio];
  •   A Crest Time já é um pouco superior às demais, e dá a liberdade a Firebrand de voar livremente na horizontal e vertical, também essencial para exploração das fases;
  •   E como é de se esperar, a Crest Legend é meio que uma mistura das habilidades de todas as Crests, e também aumenta consideravelmente o poder de destruição dos ataques do demônio.
   No mapa, além das fases também existem lojas de magias e poções, que servem como cura ou como apoio.


Esse é o mapa pelo qual estão espalhadas as fases


  O ambiente do jogo é bastante dark e isso com certeza é um dos pontos a serem ressaltados, com uma temática envolvendo guerra, poder e demônios, Demon’s Crest era um título bastante maduro para a época.
   A jogabilidade não deixa a desejar e mesmo apesar de meio lenta, é eficaz e divertida, sempre oferecendo várias possibilidades de como agir ao player. O quesito “exploração” é muito usado no jogo e o jogador vai ter que quebrar a cabeça para achar todos os itens escondidos em meio às fases, que vão de florestas e cavernas a vales e castelos. Á medida que se avança a dificuldade do jogo vai aumentando, porém se o jogador coletar todos os seis emblemas fica relativamente fácil terminar o jogo.




   Os gráficos, considerando que o jogo roda num console de 16 Bits, são realmente de alta qualidade. Os cenários sempre com uma temática macabra, cheio de estátuas, candelabros e caveiras, os inimigos bem desenhados e detalhados, principalmente os chefes. Todas as formas de Firebrand são desenvolvidas individualmente e possuem diferentes animações de pulo, vôo e ataque, e sempre combinam com os cenários 2D do game.


Primeiro Boss


   A sonoridade dá pra ser deduzida apenas ao ver as imagens do game. As músicas de fundo possuem uma temática obscura, que lembram um pouco a trilha sonora do Castlevania. Os efeitos sonoros dos movimentos de Firebrand e de seus inimigos são bastante convincentes e cumprem seu papel, já o “barulho” que faz quando você está sobrevoando o mapa e dá um “rasante” para descer é muito estranho, até hoje não consegui assimilar aquilo com o ruído do vento, que acredito eu que tenha sido a intenção da Capcom.
   Mas mesmo apesar de suas pequenas imperfeições, Demon’s Crest com certeza merecia mais atenção do que a que foi lhe dada, por ser um jogo muito bem desenvolvido e muito divertido e ao mesmo tempo blasfeme e macabro, fazendo com que os mais religiosos ficassem com a cruz na mão [sem trocadilhos]. Eu aconselho a todos os leitores que nunca tiveram a oportunidade de jogar, o faça! Seja em um console ou mesmo através do emulador, mas o faça! É um grande título e com certeza vocês não irão se arrepender de jogá-lo.






 Firebrand no mundo dos games


RESUMO

Prós:

-Boa jogabilidade
-Gráficos muito bem trabalhados
-Dezenas de upgrades para serem adquiridos
-É um jogo “du mal \,,/”

Contras:

-História muito forçada
-Alguns efeitos sonoros (durante a exploração do mundo) muito estranhos
-Firebrand ter tido a ideia estúpida de repousar em uma árvore

Gameplay de 14 minutos

Último Boss



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